USO DO LASER EM MEDICINA

Apesar dos inegáveis e contínuos avanços na concepção dos aparelhos emissores de laser, essa luz especial ainda não pode ser chamada de “milagrosa” como foi e é apresentada por inúmeros meios de comunicação na mídia. A teoria de sua ação nos tecidos esta bem alicerçada em princípios da Física, os resultados clínicos obtidos a partir do seu uso não pode ser previstos com absoluta exatidão. E isso se deve ao fato de haver outras variáveis envolvidas no tratamento com o laser, e essas variáveis incluírem, como tudo em medicina, o ser humano, o médico, que seleciona o aparelho adequado ao tipo de lesão a ser tratada e também o opera, e o paciente, peça mais importante dessa trilogia, que afetarão sensivelmente o resultado do tratamento.

Propriedades da luz

Qualquer efeito clínico do laser na pele depende principalmente das propriedades da luz usada, dos cromóforos que serão atingidos por ela e da ação de outras estruturas como dispersantes do foco de luz incidente.

A luz laser determinará, conforme o seu comprimento de onda, os cromóforos que a absorverão de forma seletiva. Se existirem outros cromóforos presentes nas proximidades do tecido irradiado, e se os seus coeficientes de absorção (em relação àquele comprimento de onda) forem semelhantes aos dos cromóforos alvo, também eles sofrerão a ação da luz laser, mas a intensidade dessa ação variará segundo a magnitude do coeficiente de absorção de cada cromóforo.

O comprimento de onda da luz laser deve ser, portanto, o mais próximo possível do pico de absorção do cromóforo que se deseja atingir, e, ao mesmo tempo, suficientemente longo para penetrar até a profundidade onde se situe o alvo.

Quando o cromóforo alvo absorve a energia da luz laser, ele sofre um aquecimento proporcional à sua massa. O calor é então gradualmente liberado do local onde a energia foi absorvida para o tecido circunjacente. E isso ocorre, principalmente, por condução (difusão), embora radiação e convecção (que, nesse caso, se faz através do sangue) também participem do processo, até que o equilíbrio térmico se restabeleça na região atingida.

Conhecendo-se o comprimento de onda e a duração do pulso de um determinado laser, podem-se produzir as suas melhores aplicações clínicas.

TRATAMENTO ESTÉTICO DE TELANGIECTASIA UTILIZANDO LUZ INTENSA PULSADA / LASER'S - ESTUDO COMPARATIVO

Q-Switched Nd YAG 1064 - KTP 532 - IPL (BIOFLASH)

Autor – Biscaro Reinaldo
Apresentador – Reinaldo Biscaro – Professor Pós-graduação Unicastelo - SP; Ex-professor Pós-graduação Uniceuma - MA
Local Realização do Trabalho – Instituto Biscaro

Embora a secagem de vasinhos, que incomodam as mulheres principalmente no período do verão, seja o tratamento padrão é crescente nos últimos anos a busca de tratamento alternativa a uso de injeções. Uma dessas alternativas, que tem se desenvolvido com grande velocidade, é o uso da luz na forma de laser e pulsada.

As vantagens dos aparelhos utilizados (Q-SwitchedNdYAG 1064)KTP 532 e I P L BIOFLASH). É que não se observou lesões da pele. Em raros casos observou-se elevação da pele (edema) no local da aplicação dos pulsos dos equipamentos utilizados, o tratamento resultou em excelente aspecto estético, com efetivo clareamento dos vasos e sem deixar nenhum tipo de manchas.

Dos pacientes que foram submetidos ao tratamento em nossa clínica 68% se sentiram satisfeitos com os resultados obtidos, os demais pelo tipo de pele e pela necessidade de repetição das sessões não foi possível estabelecer parâmetro fiel.

Em nossa experiência pessoal de aproximadamente 10 anos com a utilização do Laser podemos afirmar que esse método de tratamento é um ótimo complemento no tratamento estético de telangiectasias dos membros inferiores.

Com exceção das teleangiectasias faciais todos os procedimentos de remoção dessas alterações vasculares em pernas foram associados com secagem utilizando esclerosante químico. Em Vasos de calibre até 1,8 mm foram removidas as veias insuficientes.

O estudo comparativo teve como metodologia empregada a alternância de equipamentos e em cada sessão que o paciente se submetida – Um grupo para cada tipo de equipamento utilizado – não se observou grandes diferenças no resultado final em teleangiectasias de perna – somente nos tratamentos faciais que a facilidade de manuseio da caneta dos equipamentos de laser`s mostrou-se mais eficaz.

Na ultima década ocorreu uma verdadeira revolução para tratamentos utilizando a tecnologia do Laser. Muito se fala a seu respeito, o que de fato acontece, como atua verdades e mentiras com inúmeros eventos que contribuíram para seu crescimento dentro da medicina moderna, apesar do estigma que ainda cerca sua utilização.

É necessário uma explicação do principio do Laser para entendermos esses comentários. Na década de 60 e 70 os aparelhos de laser tinham como forma de atuação uma luz de pulso contínuo que realmente provocavam despigmentação da pele. Com o avanço tecnológico surgiu o Laser de ultima geração que tem como característica a FOTOTERMÓLISE SELETIVA, ou seja, atuam apenas na área alvo sem danos a pele normal. Baseado nesse fato os aparelhos atuais são seguros e não trazem nenhum prejuízo ao usuário quando bem manipulado.

Basicamente uma energia luminosa contínua, gerada por uma lâmpada que interage com um cristal, gás ou liquido (depende da máquina), que esfoliam, aquecem ou eliminam pigmentos que dão cor a tatuagens, vasos, manchas ou pêlos. È o profissional que decide qual o mais indicado para cada caso.

Para o tratamento de telangiectasias de perna trata-se de uma ferramenta de apoio muito eficaz, o que ocorre é que o pigmento que da cor ao vasinho (oxihemoglobina), absorve a luz do laser atinge uma temperatura alta e destrói a parede do vaso, dessa maneira ele desaparece. Imediatamente após a aplicação ocorre um borrado na área tratada, e esse some em alguns dias. Não tem dor a paciente refere um incômodo suportável que é bem mais aceitável que as aplicações feitas pelas injeções no tratamento convencional. O tempo de tratamento é mais rápido, pois permite a realização de varias sessões no mesmo dia é praticamente indolor. Varizes de membros inferiores são tratadas por lasers específicos, 532mm e 585nm, utilizando-se altas fluências e durações de pulso mais longos. A dificuldade em se tratar os vasos dos membros inferiores está ligada à sua profundidade, largura, espessura, que são maiores do que os vasos de face. Além do mais, a pele nos membros inferiores não cicatriza tão rapidamente quanto à pele de face (esta apresenta um maior número de unidades pilo - sebáceas e os folículos pilosos têm suas raízes mais profundamente localizadas na derme).

Fonte: Procedimentos Estéticos Minimamente Invasivos - Conduta Baseada em Exp. Clínica e Visão Estética Atual - 2010.